terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O Retorno do Gêmeo Malvado

Pela segunda vez no ano, figuraram em nossa mesa, as cervejas da Evil Twin, criações do cervejeiro cigano dinamarquês Jeppe Jarnit-Bjergsø. Dentre os vários rótulos importados pela Beer Legends, escolhemos alguns dos que achamos mais interessantes e mandamos ver no mês de novembro. A reunião aconteceu no bar da Beer Monks , num ambiente muito bacana.

Para abrir o apetite para as Evil Twin, uma bizarrisse da Rogue. A segunda cerveja feita pelos americanos que recriam os sabores de donuts da Voodoo Doughnut. A Voodoo Doughnut Chocolate, Banana & Peanut Butter Ale, como o próprio nome diz, é uma cerveja com sabor de chocolate, banana e manteiga de amendoim. Não tão louca quanto a com sabor de bacon, mas uma verdadeira excentricidade.


Agora sim, a primeira da noite, a Evil Twin Yang. Uma Imperial IPA no melhor estilo americano, com bastante lúpulo de caráter cítrico e floral, mas com uma carga de malte bastante intensa, deixando o conjunto um pouco mais balanceado, mas ofuscando um pouco do frescor.


A segunda é o seu par, a Yin. Uma Imperial Stout com torrado moderado. Tem muito equilíbrio entre a doçura de malte e seu tostado, finalizando até com um certo destaque também para o amargor de lúpulo.


Se o intuito das duas cervejas era justamente fazer um blends, claro que o CBC faria. Brincamos bastante com as dosagens até que cada um achasse uma dosagem que agradasse ao seu paladar.


A sequência foi dada com as duas cervejas criadas pro Jeppe para o Tørst, bar inaugurado em março deste ano, em que ele é sócio junto ao chef Daniel Burns, que já esteve em grandes cozinhas, inclusive do ex melhor restaurante do mundo, Noma, hoje em segundo. A primeira das duas é a Front Room. Barleywine maturada em barris de vinhos da Málaga. O equilíbrio entre a cerveja base e a maturação no barril é simplesmente absurdo. Toneladas de aromas de melaço, caramelo, frutas vermelhas, madeira, baunilha e assim vai. Uma verdadeira obra de arte.


A segunda, é a Back Room. Essa é a edição maturada em barris de vinho do Porto. Acabou ficando abaixo da primeira, segundo os confrades, mas sem deixar de ser uma ótima cerveja. Bastante destaque para os maltes e frutas.


A Imperial Biscotti Break já tinha sido provado pelos confrades na edição de maio, antes mesmo de chegar ao Brasil. Mas com certeza, a cerveja é tão boa que merecia um repeteco. Uma verdadeiro biscoito líquido, com destaque para os aromas de café e baunilha.


Por último, duas das melhores Imperial Stouts da cervejaria. Começamos com a Even More Jesus. Uma deliciosa Imperial Stout, com pouco destaque para a torrefação dos maltes e mais para a licorosidade permitida no estilo, com boa interação das notas frutadas.


Para fechar a sequência, nada mais nada menos do que a a própria Even More Jesus maturada em barris de vinho do Porto. Tem o destaque para a licorosidade novamente, mas com toques de madeira e envelhecimento que caíram muito bem a cerveja base.


Claro que tudo isso foi acompanhado por ótima comida. O chef Ricardo Teruchkin preparou uma iguaria para os confrades - Fideuá de Polvo. Além disso, alguns queijos da Serra das Antas, para beliscar. De nível gringo.




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