segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Viajando a Holanda.

O tema da reunião do mês de agosto foram as cervejas holandesas da De Molen, uma das cervejarias que está com maior visibilidade entre as novas cervejarias do velho mundo. Um dado interessante, é que se observarmos no Top 50 holandês do site RateBeer, mais de 30 das cervejas da lista são da De Molen. Então não era por menos que a empolgação era grande.

Mas para abrir os trabalhos, foi convocada uma cerveja de outra cervejaria. Já que ainda não haviamos provado, conferimos a Malheur Brut Cuveé Royale. A mais nova e mais leve Biére Brut encontrada por aqui, produzida para comemorar o 175º aniversário do reino belga. Tem coloração dourada, em tons claros e aromas frutados, lembrando frutas cítricas e frutas amarelas, com um fundo floral.


Para começar a sequência de holandesas, foi escolhida a OP & Top, uma cerveja que se aproxima bastante do estilo American Pale Ale. Trata-se de uma cerveja leve, dourada, mas extremamente aromática, graças aos lúpulos aromáticos que trazem aromas, cítricos, herbais e florais. No paladar, apesar de ser leve, traz bastante destaque para o amargor, que traz sensação de secura e pede por um novo gole.


A sequência foi dada com a Vuur & Vlam que significa fogo e chama. Já na cor apresentou-se mais escura, e tanto no aroma quanto no paladar, mostrou um pouco mais de equilíbrio entre maltes e lúpulos do que a anterior, mesmo que o lúpulo obviamente continuasse sendo o protagonísta.

A mais controversa das cervejas foi a Rook & Vuur (Fumaça e Fogo), uma cerveja intensa e encorpada, recheada de maltes defumados e turfados. Apresentou aromas diferenciados, de turfa e madeira, além dos aromas medicinais que lembrou esparadrapo para muitos.

             
A primeira Imperial Stout a ser provada foi a Hemel & Aarde (Céu e Terra). Uma cerveja bem escura com aromas intensos dos maltes torrados que remetem a café, chocolate, baunilha e madeira defumada. No paladar, tem bastante firme o amargor dos maltes torrados e dos lúpulos, além de uma textura densa.


           A última das holandesas é a mais famosa da cervejaria, Hel & Verdoemenis (Inferno e Maldição). Uma das Imperial Stout mais conceituadas da Europa, traz coloração negra, com destaque para os maltes torrados, que lembram café, chocolate e madeira e os lúpulos e aromas frutados no plano de fundo. Apresentou mais redonda e complexa do que a anterior, agradando mais boa parte dos confrades.

                           
Para finalizar a reunião, foi trazida pelo confrade Alessando (Way Beer) duas cervejas de uma das melhores cervejarias americanas: Great Divide. A primeira era a Hercules IPA, uma Double IPA bastante complexa que traz aromas cítricos e herbais dos lúpulos, sem perder o caráter caramelado dos maltes. Já a segunda era a cerveja comemorativa de 18 anos da cervejaria, mais uma Imperial IPA, mas maturada em carvalho. Apresentou menos frescor dos aromas dos lúpulos, que eram mais terrosos, e ainda aromas de baunilha vindo da madeira.


Claro que para acompanhar toda essa quantidade de cerveja, o Chef Ricardo preparou ótimos pratos,  como uma variedade de linguiças e molhos, ou Stroopwafels coberto com calda de chocolate ou frutas vermelhas.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Rogue, Pliny, Schneider, Del Ducato e Samuel Adams.

A reunião da CBC em junho como de já é de costume, aconteceu com grandes novidades de rótulos cervejeiros que chegaram ao país, pratos excelentes e cervejas mais do que exclusivas.
O pontapé inicial se deu com a cerveja mais leve do grupo. Uma Hefe-Weizen com adição de rosas criada pela cervejaria americana Rogue. Cerveja de coloração dourada, que apresentou poucos aromas frutados, como são as Weissbier alemãs,
e deu destaque para os aromas de malte que remetem a panificação e mel. A harmonização foi com pokê de meka.


Em seguida, foi provada a Chatoe Rogue OREgasmic Ale. Trata-se de uma American Pale Ale de coloração alaranjada, com poderoso aroma de lúpulos, de perfil cítrico-herbal, com aromas de malte no plano de fundo. Apesar de ter "apenas" 40 IBU, tem bastante amargor e secura. Foi combinado com pokê de salmão.


Continuando a sequência das cervejas da Rogue, provamos a Captain Sigs Northwestern Ale. Uma India Pale Ale com coloração âmbar avermelhado e um bom equilíbrio entre os maltes e lúpulos. Foi harmonizada com o prato principal, um salmão com molho de pimenta e gengibre com arroz negro.

A expectativa para a cerveja seguinte era grande. Cortesia do confrade Alejandro, a Pliny The Elder é considerada a melhor Imperial IPA de todas, com uma distribuição restrita a Califórnia e estados próximos, em transporte refrigerado, para conservar o frescor dos lúpulos. Aparentemente, tinha uma coloração dourada, clara e inofensiva. No aroma é que se nota a diferença. Um aroma fresco de lúpulos, frutados, herbal e "piney". Apesar de um IBU alto, tem um amargor limpo e equilibrado.


Para completar as cervejas da Rogue degustadas na noite, a Dirtoir Black Lager. Uma cerveja que mostra a intensidade dos maltes torrados de uma Stout, mas fermentada em baixas temperaturas.


Mais uma novidade e das mais exclusivas, é de uma cervejaria alemã. A tradicional Weizenbock da Schneider, Aventinus, chegou ao Brasil há pouco em versão maturada em barris de Pinot Noir. O resultado é a doçura frutada e maltada da Aventinus, combinada aos aromas de baunilha, madeira e do próprio vinho, ainda conferindo uma sutil acidez.


A penúltima da sequência foi a cerveja de natal da Del Ducato, nomeada de Krampus. Uma excelente cerveja com bastante aromas de especiarias natalinas, como noz-moscada, canela e anis e bastante corpo. Foi combinada com uma casquinha de sorvete com cream cheese de framboesa.


Para encerrar, nada mais, nada menos, do que uma Samuel Adams, da linha maturada em barril, cortesia do presidente André Diniz.  Uma cerveja rica em maltes torrados como uma Imperial Stout, mas com os aromas frutados de leveduras belgas e aromas amadeirados e apimentados da longa maturação nos barris de carvalho. Um verdadeiro nirvana cervejeiro.


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