segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Don't worry. Be hoppy.

A edição de setembro foi celebrada com uma avalanche do estilo queridinho entre os cervejeiros: American IPA. Isso mesmo, uma American IPA atrás da outra e ainda de quebra, harmonizando com pratos deliciosos feitos pelo chef Ricardo Nogarolli.
Para abrir o apetite, os confrades Alessandro e Alejandro trouxeram a mais nova cerveja da Way Beer: Die Yellow Fizzy IPA. E que maravilha de cerveja. Um frescor aromático impressionante, com muitas frutas, principalmente cítricas e pouco caráter de malte. Muito leve e com altíssimo drinkabillity. Certamente fez frente com todas as americanas que viriam na sequência. Essa delicia foi acompanhada por deliciosos salames da Salumeria Monte Bello.


A primeira americana da noite, foi a Coronado Islander IPA, que vem da cidade de Coronado, Califórnia. Também traz uma leveza, aliada a frescor dos lúpulos das variedades Cascade, Chinook e Columbus. Apresentou bastante aroma frutado de lúpulo, lembrando laranja e pêssego. A cerveja também foi acompanhante de uma bela salada de folhas, com queijo gorgonzola, molho cítrico, pera e nozes caramelizadas.



A sequência foi dada com a Racer 5, famosa IPA da Bear Republic, da cidade de Healdsburg, Califórnia. Com as mesmas variedades de lúpulos da cerveja anterior, mais o Centennial, trouxe bem menos enfoque nos lúpulos, que pareceram até um pouco apagados e pouco frescos. Trouxe um leve cítrico, aromas de pinho e caramelo.


De San Franscisco, California, Big Daddy da cervejaria Speakeasy foi a próxima. Uma ótima IPA com bastante peso, um perfil de lúpulo mais rústico, puxando para o herbáceo e um leve frutado de laranja e grapefruit. Os maltes se fazem bem presentes, trazendo aromas caramelados. Acompanhando, mignon ao molho de pimenta e IPA.



Agora, ao sul da Califa, mais precisamente na cidade de San Diego, vamos para a Ballast Point. A primeira cerveja deles na noite, foi a clássica Sculpin IPA. Toneladas de lúpulo, com bastante floral e cítrico dominando. Leve spicy e malte ao fundo. Uma das melhores da noite.


A próxima cerveja também foi da Ballast Point. A Big Eye Ipa, com as variedades Columbus e Centennial, trazem aromas mais voltados para tons resinosos e de pinho. A base de maltes também é mais pesada do que da Sculpin, tornando a cerveja menos "drinkable". Talvez uma das grandes questões a noite fosse, com o qual sobremesa harmonizaria uma IPA americana. O chef Ricardo se saiu muito bem, e bolou um delicioso creme bruleé de laranja com cardamomo. Fantástico!



Por último a única que foge do estilo que brihou durante a noite toda. Foge, mas nem tanto. Voltamos a Healdsburg, para provar a Bear Republic Hop Rod Rye Ale, uma Imperial IPA com 18% de malte de centeio. Com certezam a mais pesada da noite, com bastante presença de maltes que trazem aromas apimentados e terrosos do centeio, além de um sutil caramelado. Os lúpulos também estão marcantes, com aromas de grapefruit e laranja.



sábado, 7 de setembro de 2013

Stillwater e mais americanas.

Diretamente de Baltimore, de um dos cervejeiros ciganos mais respeitados do mundo, chegam as nossas mãos oficialmente as Stillwater Artisanal Ales. Brian Strumke é um dos primeiros a usar o modelo de cervejaria cigana e é conhecido por suas receitas inovadoras e geralmente de alma belga. Suas cervejas foram as estrelas da noite, que além dos 5 rótulos da cervejaria que chegaram ao Brasil, ainda contou com mais 3 cervejas americanas
A primeira a ser provada foi a Cellar Door, Saison delicada com adição de sálvia branca. O conjunto é muito balanceado e refrescante, destacando o frescor da sálvia, do fermento de Saison e dos lúpulos cítricos. Uma das favoritas da noite. Ainda foi acompanhada por anéis de lula com tempero Tailandês e molho sweet chilli.



A segunda do cervejeiro americano, foi a Stateside Saison. Apesar de ser categorizada no mesmo estilo da anterior, tem mais potência e menos frescor, com destaque para as notas frutadas do fermento, lembrando até um pouco compota de frutas. O paladar mostrou-se seco e com amargor equilibrado.


A terceira da noite foi a Existent, uma das mais curiosas. Apresenta em seu rotulo, o rosto de Nietzsche e entra num estilo não existente em guia de estilos, mas que tem se tornado cada vez mais popular nos Estados Unidos. Essa Black Saison une características de uma belga escura com o potente frutado e apimentado de uma Saison, além da secura característica do estilo. Essa foi harmonizada com um delicioso macarrão de arroz aromatizado com açúcar de palmeira, molho de ostra e shoyu.


Se a Existent era diferente, a seqüência conseguia ser ainda mais. Trata-se da polêmica Rogue Voodoo Doughnut Bacon Maple Ale. Imagine uma cerveja com adição de essência de bacon e maple. Foi a que mais dividiu opiniões. Alguns estavam em êxtase, outros odiaram, mas ninguém ficou no meio termo. Do tipo ame ou odeie, de fato.


A próxima, um símbolo da revolução micro cervejeira americana. A Arrogant Bastard foi a primeira cerveja da aclamada Stone Brewing Co. Uma cerveja com um amargor assertivo, bem equilibrado por uma boa carga de malte, e um perfil resinoso de lúpulos. Uma das melhores da noite.


A penúltima da Stillwater foi a As Follows. Uma variação mais potente de uma Saison (Imperial Saison?). Traz uma carga de maltes intensa, com toneladas de frutas, principalmente cítricas e tropicais como abacaxi, mamão e laranja. O lúpulo aparece para equilibrar com um pouco de amargor e realça a citricodade. A harmonização foi feita com arroz de jasmim com curry, broto de bambu e camarões.


A mais potente das que chegaram ao Brasil, é a Folklore. Uma interessante cerveja que mistura o potente torrado das Stout com aromas de fermento belga e uma lupulagsm rústica e terrosa. Esta combinou bem com a sobremesa: frutas com chocolate.


Para fechar a noite, a deliciosa Old Ale da Founders, batizada de Curmudgeon Ale. Extremamente rica, quase como um bolo, trazendo notas de ameixas, cerejas ao marrasquino, madeira, bourbon, chocolate, avelã, melaço... Uma aula de complexidade e equilíbrio.


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