Depois de um tempo de espera, finalmente são provadas as cervejas da Sixpoint Brewery no Curitiba Beer Club. Na edição de novembro, provamos 5 cervejas da cervejaria nova-iorquina e claro, que como de praxe, com muita comida boa.
A primeira provada se chama Sweet Action. É difícil definir um estilo para uma cerveja que tem a intenção de misturar características de uma Weizenbier e uma Pale Ale. Surpreendentemente, é uma cerveja que traz bastante de aroma dos lúpulos cítricos e com os maltes e aromas frutados em segundo plano.
Em seguida foi provada a Crisp, a Lager de trabalho da Sixpoint. Mesmo sendo uma Lager leve e refrescante, tem bons 42 IBU. Apesar disso, apresenta bastante de aroma de malte, mas no paladar, apesar de não ser tão amarga assim, apresenta alta secura e sabor cítrico.
Agora já na linha de IPA da cervejaria, a coisa começa a ficar séria. A Bengali Tiger é projetada para fugir um pouco das IPA dos EUA, com todo aquele frescor cítrico e investe numa base de maltes mais robusta e adição de lúpulos ingleses, inspirada nas IPA seculares. E de fato, apresentou um caráter cítrico-herbal no aroma, um amargor destacado, suportado por uma boa carga de maltes caramelados.
A sequência foi dada com a Righteous Ale, uma IPA com adição dr centeio. Assim como a Bengali Tiger, deu preferência a rusticidade so invés do frescor dos lúpulos. Apresentou aromas terrosos e resinosos, com tons de panificação e frutado ao fundo.
Para finalizar uma IPA batizada de Resin, obviamente para homenagear as resinas dos lúpulos. O destaque dos aromas são grapefruit e laranja, com o malte no background. O amargor, apesar de intenso e persistente, é muito equilibrado.
Tudo essa cervejada foi acompanhada mais uma vez com muita comida, desde uma deliciosa seleção de queijos e churrasco até magret de canard e cheescake de chocolate.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Americanas com anarquia escocesa.
A décima edição do ano foi a mais calma, com algumas novidades e alguns rótulos que já estavam no mercado há algum tempo, mas não haviam sido provadas pelos confrades ainda. Os pratos ficaram por conta do confrade Paulo Veit, que fez bonito.
Para abrir os trabalhos, foi selecionada a Anchor Small Beer, que retoma uma prática muito comum de cervejeiros antigos: uma segunda lavagem do mosto. resultando numa cerveja mais leve. No caso, foi usado o mosto da Barleywine da cervejaria, a Old Foghorn. Em linhas gerais, é uma cerveja leve e simples, que traz um bom equilibrio entre os aromas de panificação dos maltes e herbais e apimentados dos lúpulos.
A segunda da noite foi de mais uma cervejaria americana que chega ao país: Founders.Trata-se de uma Pale Ale com dry-hoppin' do lúpulo Cascade. É uma American Pale Ale muito mais leve do que as outras Pale Ale americanas que aparecem no Brasil, com destaque para o frescor do dry-hoppin' e a altíssima drinkabillity.
A coisa começa a ficar séria quando é aberta a India Pale Ale da Founders. Um verdadeiro caminhão de lúpulos. Apenas a varietal Centennial é usada, resultando numa cerveja mais rústica, com menos destaque para o aroma e o amargor bem acentuado e persistente.
Se uma India Pale Ale já tem bastante lúpulo, imagine uma cerveja que se caracteriza como uma Triple IPA. A Anarchist Alchemist é uma das cervejas mais extremas (e mais caras) que se encontra por aí. Uma IPA com 14% de álcool e muito, mas muito lúpulo. Tanto que o destaque vai pra complexidade dos lúpulos usados, que trazem desde aromas cítricos e herbais, até tons mais apimentados. Obviamente com tanto malte, é praticamente impossível não aparecer um pouco de doçura residual do malte. que contrastam com aromas caramelados.
Depois de tanto lúpulo, a sequência foi dada com uma complexa Barleywine da cervejaria italiana, Del Ducato. A Luna Rossa é um blend de uma cerveja que matura em barricas de vinho adicionadas de cerejas por dois anos, uma cerveja jovem e outra cerveja da linha, La Prima Luna. Para quem gosta de Sour Ale, é um deleite. Uma cerveja extremamente frutada e ácida, lembrando uma Red Ale de Flandres, numa versão muito mais intensa.
Para finalizar, o confrade Paulo Cavalcantti trouxe um growler de Great Divide Oak Aged Yeti Imperial Stout, recém-tirada do tanque. Muitos consideram essa a melhor versão desta Imperial Stout. O destaque vai pra abundante riqueza dos maltes que lembram chocolate, melaço e café, além da maturação no carvalho, que traz aromas de baunilha.
Para acompanhar as cervejas o confrade Paulo Veit fez codorna recheada e bacalhau. Já a sobremesa ficou por conta do Cheesecake Factory, um cheesecake de chocolate que casou perfeitamente com a Imperial Stout da Great Divide.
Detalhe para o presidente, André Diniz servindo a cerveja "ralinha".
Para abrir os trabalhos, foi selecionada a Anchor Small Beer, que retoma uma prática muito comum de cervejeiros antigos: uma segunda lavagem do mosto. resultando numa cerveja mais leve. No caso, foi usado o mosto da Barleywine da cervejaria, a Old Foghorn. Em linhas gerais, é uma cerveja leve e simples, que traz um bom equilibrio entre os aromas de panificação dos maltes e herbais e apimentados dos lúpulos.
A segunda da noite foi de mais uma cervejaria americana que chega ao país: Founders.Trata-se de uma Pale Ale com dry-hoppin' do lúpulo Cascade. É uma American Pale Ale muito mais leve do que as outras Pale Ale americanas que aparecem no Brasil, com destaque para o frescor do dry-hoppin' e a altíssima drinkabillity.
A coisa começa a ficar séria quando é aberta a India Pale Ale da Founders. Um verdadeiro caminhão de lúpulos. Apenas a varietal Centennial é usada, resultando numa cerveja mais rústica, com menos destaque para o aroma e o amargor bem acentuado e persistente.
Se uma India Pale Ale já tem bastante lúpulo, imagine uma cerveja que se caracteriza como uma Triple IPA. A Anarchist Alchemist é uma das cervejas mais extremas (e mais caras) que se encontra por aí. Uma IPA com 14% de álcool e muito, mas muito lúpulo. Tanto que o destaque vai pra complexidade dos lúpulos usados, que trazem desde aromas cítricos e herbais, até tons mais apimentados. Obviamente com tanto malte, é praticamente impossível não aparecer um pouco de doçura residual do malte. que contrastam com aromas caramelados.
Depois de tanto lúpulo, a sequência foi dada com uma complexa Barleywine da cervejaria italiana, Del Ducato. A Luna Rossa é um blend de uma cerveja que matura em barricas de vinho adicionadas de cerejas por dois anos, uma cerveja jovem e outra cerveja da linha, La Prima Luna. Para quem gosta de Sour Ale, é um deleite. Uma cerveja extremamente frutada e ácida, lembrando uma Red Ale de Flandres, numa versão muito mais intensa.
Para finalizar, o confrade Paulo Cavalcantti trouxe um growler de Great Divide Oak Aged Yeti Imperial Stout, recém-tirada do tanque. Muitos consideram essa a melhor versão desta Imperial Stout. O destaque vai pra abundante riqueza dos maltes que lembram chocolate, melaço e café, além da maturação no carvalho, que traz aromas de baunilha.
Para acompanhar as cervejas o confrade Paulo Veit fez codorna recheada e bacalhau. Já a sobremesa ficou por conta do Cheesecake Factory, um cheesecake de chocolate que casou perfeitamente com a Imperial Stout da Great Divide.
Detalhe para o presidente, André Diniz servindo a cerveja "ralinha".
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