Para abrir os trabalhos, foi selecionada a Anchor Small Beer, que retoma uma prática muito comum de cervejeiros antigos: uma segunda lavagem do mosto. resultando numa cerveja mais leve. No caso, foi usado o mosto da Barleywine da cervejaria, a Old Foghorn. Em linhas gerais, é uma cerveja leve e simples, que traz um bom equilibrio entre os aromas de panificação dos maltes e herbais e apimentados dos lúpulos.
A segunda da noite foi de mais uma cervejaria americana que chega ao país: Founders.Trata-se de uma Pale Ale com dry-hoppin' do lúpulo Cascade. É uma American Pale Ale muito mais leve do que as outras Pale Ale americanas que aparecem no Brasil, com destaque para o frescor do dry-hoppin' e a altíssima drinkabillity.
A coisa começa a ficar séria quando é aberta a India Pale Ale da Founders. Um verdadeiro caminhão de lúpulos. Apenas a varietal Centennial é usada, resultando numa cerveja mais rústica, com menos destaque para o aroma e o amargor bem acentuado e persistente.
Se uma India Pale Ale já tem bastante lúpulo, imagine uma cerveja que se caracteriza como uma Triple IPA. A Anarchist Alchemist é uma das cervejas mais extremas (e mais caras) que se encontra por aí. Uma IPA com 14% de álcool e muito, mas muito lúpulo. Tanto que o destaque vai pra complexidade dos lúpulos usados, que trazem desde aromas cítricos e herbais, até tons mais apimentados. Obviamente com tanto malte, é praticamente impossível não aparecer um pouco de doçura residual do malte. que contrastam com aromas caramelados.
Depois de tanto lúpulo, a sequência foi dada com uma complexa Barleywine da cervejaria italiana, Del Ducato. A Luna Rossa é um blend de uma cerveja que matura em barricas de vinho adicionadas de cerejas por dois anos, uma cerveja jovem e outra cerveja da linha, La Prima Luna. Para quem gosta de Sour Ale, é um deleite. Uma cerveja extremamente frutada e ácida, lembrando uma Red Ale de Flandres, numa versão muito mais intensa.
Para finalizar, o confrade Paulo Cavalcantti trouxe um growler de Great Divide Oak Aged Yeti Imperial Stout, recém-tirada do tanque. Muitos consideram essa a melhor versão desta Imperial Stout. O destaque vai pra abundante riqueza dos maltes que lembram chocolate, melaço e café, além da maturação no carvalho, que traz aromas de baunilha.
Para acompanhar as cervejas o confrade Paulo Veit fez codorna recheada e bacalhau. Já a sobremesa ficou por conta do Cheesecake Factory, um cheesecake de chocolate que casou perfeitamente com a Imperial Stout da Great Divide.
Detalhe para o presidente, André Diniz servindo a cerveja "ralinha".
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