A reunião do mês de maio foi recheada de novidades do mercado cervejeiro nacional. Rótulos das cervejaria escoscesa Brew Dog e da italiana Del Ducato, foram degustadas em companhia de belos pratos do chef Ricardo Teruchkin. O encontro aconteceu no QG da confraria, a Brasserie du Sommelier Hector.
Brew Dog Dogma - Nota: 4,5
O primeiro rótulo degustado foi a Dogma, da Brew Dog. Trata-se de uma Strong Scotch Ale com adição de mel. Apresentou-se mais escura do que os poucos rótulos do estilo encontrados por aqui. E de fato, tinha características mais marcantes de malte torrado. A cerveja foi harmonizada com pastel de camarão, alho e especiarias.
Del Ducato La Prima Luna - Nota: 4,5
A sequência foi dada com duas da linha de Barleywines do Birrificio Del Ducato. A primeira provada foi La Prima Luna, uma Barleywine bem licorosa e adociada, com destaque para os aromas de malte, frutas secas, baunilha e madeira.
Del Ducato La Ultima Luna - Nota: 4,0
A segunda Barleywine era L'Ultima Luna, uma cerveja um pouco mais alcoólica, maturada por quase um ano em barris que foram usados para produzir vinhos tintos italianos. Lembra um vinho de sobremesa, com um perfil mais adocicado e sem carbonatação, mas muito mais simples do que a primeira. As duas foram harmonizadas com uma deliciosa Terrine de figo com gorgonzola. Um dos destaques da noite.
Brew Dog Paradox Jura - Nota: 4,5
Uma degustação comparativa também foi feita. Recentemente chegou ao Brasil mais uma edição da Paradox, Imperial Stout da Brew Dog maturado em barris de uísque. A versão maturada em Barris do single malt de Isle of Jura é bem mais alcoólica (15%, contra 10% da Isle of Arran), e muito mais adocicada, com menos daquela secura amadeirada que conheciamos da Isle of Arran. Âmbas foram harmonizadas com beef & guinness.
Brew Dog Lost Dog - Nota: 4,5
Para encerrar, era prevista a Lost Dog, fruto da parceria da escocesa Brew Dog com a americana Lost Abbey. É nada mais do que uma Imperial Porter maturada por quase um ano em barris de rum. Uma das melhores da noite, apresentou bastante dos aromas de rum e madeira, além dos aromas frutados (frutas vermelhas e escuras) e claro, os maltes torrados que se esperam para o estilo. Essa acompanhou a sobremesa, uma mousse de chocolate com whiskey.
Tinha dito que era prevista para encerrar, não? Pois então, o confrade Paulo Cavalcantti ainda trouxe para o encerramento, duas maravilhas. Primeiro a Sierra Nevada Hoptimum, uma Imperial IPA com 100 de IBU. Como esperada, uma porrada de lúpulos, extremamente aromática e amarga. E para encerrar, finalmente, a Southern Tier Jah-va. Trata-se de uma das Blackwater Series, uma das linhas mais famosas de Imperial Stout dos Estados Unidos. Tem adição de café jamaicano. Tem uma textura extremamente densa e o café combinando bem com os maltes torrados da cerveja.
Com tanta cerveja porrada, claro que os confrades sairam felizes da vida. As cervejas tinham qualidade muito acima da média. Sempre bom ter novidades desse nível e comemorar com os amigos.
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