sexta-feira, 6 de junho de 2014

Novidades Holandesas

Que a Holanda é referência em cervejas, muitos já sabem. Desde cervejas comerciais como a Heineken, ou cervejarias seculares como a La Trappe, ou até cervejarias mais novas e com receitas inovadoras como a De Molen. E o tema da reunião de maio tem relação com essa última. São as cervejas da Rooie Dop, cervejaria que foi eleita a melhor cervejaria holandesa novata no ano passado e tem boa parte de suas cervejas produzidas na própria De Molen

Para começar os trabalhos, uma cerveja que também é novidade no Brasil e até pouco tempo só era possível encontrar na abadia da Chimay. Trata-se de uma Blond Ale bem leve, chamadas também de Table Beer. Tem aromas voltado para o fermento e o lúpulo no plano de fundo destacando o caráter cítrico e apimentado da cerveja. A belga foi harmonizada com um excelente ceviche de robalo.


Como é de praxe em todas as reuniões, fomos presenteado pelo presidente André Diniz com a Rogue Voodoo Doughnut Pretzel, Raspberry & Chocolate Ale. A terceira da linha bizarra da ROgue que copia sabores bizarros de donuts; Tem um equilíbrio interessante entre malte, chocolate e o final bastante frutado, evidenciando a framboesa.


A primeira cerveja da Rooie Dop foi a Chica Americana. Uma American IPA bastante cítrica e lúpulada, obviamente, mas com malte e aromas frutados de levedura se destacando. A Rooie Dop mesmo diz que não tem interesse de se encaixar em estilos, mas o que mais chega perdo da Chica Americana é uma American IPA. Ela foi harmonizada com fricandelle de carneiro, molho de queijo de cabra e xarope de romã. Perfeitamente, diga-se de passagem.


A sequência foi dada com a Duvel Tripel Hop 2014 que tem dry-hopping de lúpulos da variedade Mosaic. O lúpulo confere muito frescor a cerveja, trazendo toneladas de frutas cítricas e aromas que lembram até uvas.


Voltando as Rooie Dop, foi provada a ot The Explorer. Uma Double IPA criada em homenagem aos beer hunter. Bastante lupulada, com tons cíitricos dominando, mas como na IPA, uma boa base de maltes caramelados.


Eleita a melhor holandesa da noite, a Utrecht Strong Ale foi a sexta a ser degustada na noite, Uma deliciosa American Strong Ale. Extremamente complexa com lúpulos cítricos e herbais, contrastando com caramelo, melaço e frutados. Foi combinada com Carbonade Flamande, tradicional prato da Bélgica.


A última das holandesas foi a Double Oatmeal Stout. Imperial Stout com adição de aveia que da destaque para os maltes torrados, lembrando chocolate e café, mas peca um pouco na falta de licorosidade que a aveia deveria conferir. Mesmo assim, combinada com um brownie bávaro com maçã e licor de avelã, ficou maravilhosa.


A última da noite foi cortesia do Alessandro da Way, que voltou recentemente do Copenhagen Beer Celebration e NYC. Uma Imperial Stout da Anderson Valley maturada em barril de Wild Turkey, Simplesmente finíssimo. OS americanos sabem fazer bem este tipo de cerveja. Muito malte torrado, muita licorosidade, madeira e baunilha. Uma bela maneira de terminar a noite.


Os agradecimentos ficam para o chef Allan Cunha, que preparou um jantar extraordinário e ao Manfré Cervejas Especiais que nos forneceu as belíssimas novidades cervejeiras.

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