sexta-feira, 10 de maio de 2013

O Gêmeo Malvado


A edição de maio do Curitiba Beer Club aconteceu em lugar diferente, mas com cervejas boas como sempre. Fomos (bem) recebidos no Brasiléia Café, com ótimas comidas e um ambiente muito aconchegante. Já as cervejas ficaram por conta das maravilhas feitas por Jeppe Jarnit-Bjergsø, conhecidas como Evil Twin, e eleita a décima melhor cervejaria do mundo ano passado pelo site Ratebeer. Jeppe é irmão gêmeo de nada mais nada menos que Mikkel Borg Bjergsø, criador da Mikkeller e de um novo modelo de cervejaria, chamado cervejaria cigana, também seguido pelo irmão malvado.

Para abrir o apetite, nosso presidente André Diniz trouxe uma Dogfish Head Ta Henket, da linha histórica da cervejaria e baseada em hieróglifos egípcios, usando ingredientes e técnicas descritas. A cerveja leva uma espécie antiga de trigo, dom-palm fruit (uma fruta egípcia), camomila e zátar, uma mistura de condimentos da cozinha árabe. Assim como toda a linha histórica da Dogfish Head, é completamente diferente do que geralmente se pensa por cerveja, com amargor bem sutil, bastante aroma de camomila e zátar.


A primeira da Evil Twin foi a Low Life, uma Pilsner dos dinamarqueses. Tem um bom aroma de lúpulo cítrico-herbal, mas muito bem contrabalnceada pelo aroma e doçura do malte, que também traz um corpo um pouco mais denso do que uma Pilsner alemã, por exemplo.


A sequência se deu com The Cowboy, uma Smoked Pilsner. De fato a cerveja é um pouco mais delicada do que as defumadas mais famosas, tanto de corpo como no aroma de defumado, que se mostra um pouco mais intenso no paladar. As duas primeiras cervejas foram harmonizadas com um crocante de mandicoca, abóbora e carne seca.



Ron & The Beast Ryan foi a quarta cerveja da noite. Saison muito interessante com utilização de mel e de leveduras do gênero Brettanomyces. O destaque fica para os aromas de couro do Bretta, aromas de mel e um potente frutado cítrico. Paladar com boa acidez e refrescância.


Inaugurando a fase mais lupulada da noite, a Hispter Ale, uma American Pale Ale não filtrada que vem envasada em lata. Trata-se de umas mais explosivas do estilo que podemos encontrar por aqui, com aroma bastante cítrico e um amargor potente e duradouro.


A sequência foi dada com a Femme Fatale Brett, uma India Pale Ale fermentada apenas com leveduras do gênero Brettanomyces. Uma batalha intensa entre aromas e Brettanomyces fazem o aroma, com bastante aroma de frutas cítricas e tropicais, como laranja, maracujá e abacaxi. A cerveja ainda traz boa acidez e um caráter forte de amargor e secura. Para acompanhar as cervejas lupuladas, carne de porco e arroz ao estilo tailandês, com bastante condimento.



Para quebrar um pouco da sequência das Evil Twin, foi provada a Brew Dog AB:11, da linha experimental que é lançada somente uma vez por receita. A décima-primeira edição é uma Black Barleywine com adição de framboesa, pimenta chipotle e gengibre. Mesmo com adição de tanta coisa diferente, a cerveja é bem balanceada, com um frescor apimentado causado pelo gengibre, aromas torrados e de frutas escuras.


Para fechar a sequência mais uma Evil Twin, mas ainda não disponível aqui no Brasil. A Imperial Biscotti Break é uma Imperial Porter  das mais bem cotadas do mundo. E de fato traz aromas que lembram muito um biscoito, com as sugestões de aveia, café e baunilha se destacando. Belíssima saideira e que caiu perfeitamente com o creme de licor de avelã e creme de chocolate com café.



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