domingo, 28 de março de 2010

Vários brindes entre amigos


As confrarias são boas oportunidades para experimentar bons rótulos da bebida – que é uma paixão nacional – sem gastar muito.

No grupo de amigos do analista de sistemas André Diniz é assim: é preciso obedecer ao estatuto. Quem faltar a mais de três reuniões pode ser convidado a se retirar. A mensalidade é de R$ 50. Tudo bem administrado e fiscalizado pelo tesoureiro. Nos encontros, os secretários fazem a ata e, ao final, anotam a pauta da reunião seguinte. Ao presidente cabe a organização de toda a estrutura.

Se você pensa que se trata de alguma empresa ou organização, está enganado. O assunto aqui é, acredite, amigos que se reúnem para experimentar cervejas e jogar conversa fora – as chamadas confrarias. André Diniz é o presidente da Curitiba Beer Club, um grupo que engrossa esse fenômeno crescente no universo gourmet de Curitiba.

Em sua confraria, são 13 participantes que se reúnem toda segunda quinta-feira do mês para degustar e pesquisar novas cervejas. A rotina se repete desde 2006. “Sempre escolhemos uns seis rótulos diferentes, com base em coisas novas e que gostaríamos de conhecer”, diz o presidente. Um marco? Ele elege a famosíssima cerveja belga Deus, que ajudou a comemorar, com os amigos confrades, o nascimento de seu filho.

Toda a organização, que passa pelo estatuto e pelos cargos nominados, garante Diniz, é para manter a ordem no grupo. Incontestavelmente tem dado certo.

Porém, nem sempre as confrarias surgem en­­voltas em regras. Nesse segundo quesito, entra a ColarinhoS, que reúne dez amigos também interessados em desvendar o universo das cervejas gourmet.

Membro da confraria há um ano, o chef de cozinha do restaurante Terra Madre, Ivan Lopes, conta que o interesse é dar a volta ao mundo pelos sabores. “Nos reunimos uma vez por mês e provamos de cinco a sete tipos da bebida. Escolhemos cervejas de diversos países. Cada encontro é uma surpresa”, conta.

Em comum, as duas confrarias surgiram de uma ideia simples: reunir amigos com a mesma paixão. Estruturadas ou mais soltas, para dar certo não é preciso muito, garantem os confrades. Algum lugar para a reunião e um pouco de conhecimento de cerveja pode ser um começo. Mas a diversão é o grande objetivo, ensinam. “Tudo é, no fundo, uma razão para juntar pessoas em torno de algo de que gostam”, diz André Diniz, da Curitiba Beer Club.

Publicado no Caderno Bom Gourmet da Gazeta do povo em 11/03/2010 por Carlos Coelho.

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